segunda-feira, abril 07, 2008

Violência Psicológica


65% dos homens têm comportamentos de abuso verbal ou psicológico
com a companheira/esposa


Abuso psicológico

O abuso psicológico é um padrão de comunicação, verbal ou não, com a intenção de causar sofrimento psicológico em outra pessoa, segundo Straus, (1992), citados por Carla Paiva e Bárbara Figueiredo. Esses pesquisadores encontram valores elevados de prevalência de abuso psicológico em amostra de 5232 casais norte-americanos. Nesta forma de abuso houve semelhança entre homens (26%) e mulheres (25%).

Muitas vezes o abuso psicológico é a única forma de abuso entre o casal, talvez por se tratar de uma atitude menos detectada como politicamente incorreta. Em amostra de 1152 mulheres com idades entre 18 e 65 anos, observam que 53,6% relatam alguma forma de abuso (físico, sexual ou psicológico) perpetrado pelo companheiro, sendo que 13,6% reportam especificamente abuso psicológico na ausência dos outros tipos de abuso (Coker, 2000).

O abuso psicológico é, às vezes, tão ou mais prejudicial que o abuso físico, e se caracteriza por rejeição, depreciação, discriminação, humilhação, desrespeito e punições exageradas. Não é um abuso perpetrado predominantemente pelos homens, como é o caso do abuso físico. Ele existe em iguais proporções em homens e mulheres. Trata-se de uma agressão que não deixa marcas corporais visíveis, mas emocionalmente causa cicatrizes indeléveis para toda a vida (veja Violência Doméstica).

Um tipo comum de abuso psicológico é a que se dá sob a autoria dos comportamentos histéricos, cujo objetivo é mobilizar emocionalmente o outro para satisfazer a necessidade de atenção, carinho e adulação. A intenção do(a) agressor(a) histérico(a) é mobilizar o outro(a) tendo como chamariz alguma doença, alguma dor, algum problema de saúde, enfim, algum estado que exige atenção, cuidado, compreensão e tolerância.

Outra forma de abuso psicológico é fazer o outro se sentir inferior, dependente, culpado ou omisso é um dos tipos de agressão emocional dissimulada mais terríveis. A mais virulenta atitude com esse objetivo é quando o agressor faz tudo corretamente, impecavelmente certinho, não com o propósito de ensinar, mas para mostrar ao outro o tamanho de sua incompetência.

Stets (1990), citado por Carla Paiva e Bárbara Figueiredo, em uma ampla investigação com a população americana, verifica que 65% dos homens têm comportamentos de abuso verbal ou psicológico com a companheira.

Agressões Psicológicas são aquelas que, independentemente do contacto físico, ferem moralmente. A Agressão Psicológica, como nas agressões em geral, depende do agente agressor e do agente agredido. Quando não há intencionalidade agressiva e o agente agredido se sente agredido, independentemente da vontade do agressor, a situação reflete uma sensibilidade exagerada de quem se sente agredido.

Havendo intencionalidade do agressor, o mal estar emocional produzido por sua atitude independe da eventual sensibilidade aumentada do agente agredido e outras pessoas submetidas aos mesmos estímulos, se sentiriam agredidas também.

A Agressão Psicológica é especialidade do meio familiar, e muito possivelmente, dos demais relacionamentos íntimos, chegando-se ao requinte de agredir intencionalmente com um falso aspecto de estar fazendo o bem ou de não saber que está agredindo. O simples silêncio pode ser uma agressão violentíssima. Isso ocorre quando algum comentário, uma posição ou opinião é avidamente esperado e a pessoa, por sua vez, se fecha num silêncio sepulcral, dando a impressão politicamente correta de que “não fiz nada, estava caladinho em meu canto...”. Dependendo das circunstâncias e do tom como as coisas são ditas, até um simples “acho que você precisa voltar ao seu psiquiatra” é ofensivo ao extremo, assim como um conselho falsamente fraterno, do tipo “não fique nervoso e não se descontrole”.

Não é o freqüente, no relacionamento íntimo, a agressão sem intencionalidade de agredir, ou seja, a agressão que é sentida pelo agente agredido, independentemente da vontade do agressor. Normalmente, pelo fato da família ser um grupo onde seus membros têm pleno conhecimento da sensibilidade dos demais, mesmo que a situação de agressão refletisse uma sensibilidade exagerada de quem se sente agredido, o agressor não-intencional deveria ter plena noção das conseqüências de seus atos. Portanto, argumentar que “não sabia que você era tão sensível” é uma justificativa hipócrita.

As atitudes agressivas refletem a necessidade de uma pessoa produzir alguma reação negativa em outra, despertar alguma emoção desagradável. As razões dessa necessidade são variadíssimas e dependem muito da dinâmica própria de cada família. Podem refletir sentimentos de mágoa e frustrações antigas ou atuais, podem refletir a necessidade de solidariedade emocional não correspondida (estou mal logo, todos devem ficar mal), podem representar a necessidade de sentir-se importante na proporção em que é capaz de mobilizar emoções no outro.... enfim, cada caso é um caso.

CAUSAS

De acordo com Armando Correa de Siqueira Neto), colaborador de PsiqWeb, nas relações humanas, sobretudo na vida conjugal, observam-se comportamentos variados. Inicialmente, se evidencia o poder do envolvimento e o êxtase exercido pela atração das partes que se conhecem. Escolhemos os nossos pares pelo comportamento aparente. E, aquilo que queremos para nós, depositamos nesse outro. Durante o período de namoro não nos permitimos ver, realmente, quem ele é. Com a chegada da rotina no relacionamento torna-se possível conhecer a pessoa como ela é de verdade. Então, começam a surgir os problemas, haja vista o fato de iniciar-se uma intolerância com relação aos defeitos do outro.

- Abuso nos Relacionamentos Íntimos - in. PsiqWeb, Internet, disponível em http://www.psiqweb.med.br/, 2007

7 comentários:

Unknown disse...

PASSEI POR ISTO E FUI PREVENTIVA
VEJA MEU BLOG:
"BLOG MULHERES FORTES LONGE DE HOMENS CHUPINS"
UMA HISTÓRIA QUE QUSE CABAOU MAL E GRAÇAS À MINHA FORÇA CONSEGUI ME SUPERAR.
SUGADORES, MENTIROSOS E QUASE ESPANCADORES.
DÊ STE EXEMPLO: SAIA DETA FRIA ANTES DE SEJA TARDE!
http://pravocemulheratual.blogspot.com

Anónimo disse...

Sofro de violência psicológica desde que me conheço por gente, por parte de minha mãe... Hoje tenho 28 anos e me sinto um nada. Já passei por vários psicólogos durante minha adolescência, e quando eu mencionava o problema, ela era chamada. Negava tudo e se fazia de vítima... Ainda hoje nao consegui me livrar da perseguição e sinceramente, não sei mais como agir.

Blog da Isalis disse...

Por ter nascido co lábio leporino, minha mãe me dava mais atenção em relação aos demais filhos... Entretanto, por ignorância ou não, nunca tive paz com meus irmãos.Hoje, aos 46 anos de idade , eles continuam a alegar que sou manhosa, manipuladora,etc.Fato que,não procede.Pois faço tratamento psiquiátrico e psicológico até hoje.E os profissionais me dizem que não tenho estes traços no meu comportamento.Entretanto continuo a ouvir estas barbaridades.Sinto-me um "bagaço humano!" Não sei como faço para me livrar dos meus irmãos!? gostaria que alguém me ajudasse.
att
anônimo

Anónimo disse...

Estou gravida de 3 meses, e sofro agressão psicologica todo dia do meu companheiro, passa mil coisas na minha cabeça e só ainda não fiz uma besteira, pq tenho uma filha de 10 anos. Não tenho apoio da familia, pq vivo com ele ha 16 anos, e eles acham que eu q não quero me livrar da situação, essa gravidez não foi planejada, e apesar de ter conciencia que não temos a menor condição de convivencia, não rejeito esse filho(a), minha filha é minha unica parceira, me da forças e tenta me distrair, sinto muita culpa por ter engravidado novamente, por no mundo uma criança que poderá a vir sofrer rejeição pelo proprio pai. Jamais dei motivos para ele desconfiar que o filho não seja dele, o fato é que ele não admite que eu de continuidade aios meus estudos. Peço a Deus tds os dias que me dê forças pra não sucumbir a tanta pressão e indiferença da parte dele. Deus me dê livramento, não sei o que fazer.

Anónimo disse...

Sofro pressão psicológica a6anos ,isso é como veneno uma raiz venenosa que vai crescendo dentro da gente ,não. Posso falar com a minha família sinto mta vergonha por isso tenho vergonha da minha filha,fico pensando como cheguei a esse estagio,me sinto um nada ,tenho q fazer tudo o que o marido faz ou seja:ele pesa mais de 130kl e não sai não faz nada a vida dele e comer e assistir tv e eu vivia um outro modo de vida ,pedalava ,caminhava era saidavel me interessava por isso ,hj ele me obriga a comer o que não quero sabota qualquer tipo de tentativa de emagrecer eu não saio mais ,sem contar questões financeiras usou meu cpf pediu cartões sem minha autorização,passei ate quase 1 ano sem utilizar o meu email ele literalmente tomou posse da minha vida ,quando estava trab o dinheiro do salario e ate meu vale alimentação ia parar nas mãos dele!fui definhando não. Tinha coragem de pedir a separação e foi arrastando isso por 6 anos a historia e longa difícil e não desejo a ninguém,conheçamos bem as pessoas que vamos nos relacionar pra q não soframos essa violência psicológica q pra mim pelas dores q sinto no coração e na alma também se caracteriza física .

Anónimo disse...

talvez como todas as mulheres que vem a este blog.. passsam por alguma coisa parecida. . Tenho 3 filhas e o meu namoro até a minha terceira filha nascer ele me tratava como uma rainha. . No decorrer houve uma traicao que descobri e há argumento ou nao venha gritando comigo pois nao vou auterar a minha voz.. entaono que acontece percebi quebo modo de defesa so meu ex marido nao sei mais é humulhar... falar que se arrependeu.. porca. .. vc nao serve nem para ser mãe. .ok mais da mesma forma que ele me fala eu nao rebato no mesmo tom que ele w isso o irrita... porem tudo isso.na frente das criancas que uma delas chega a se urinar de tanto grito... realmente ja amei sim confesso hoje eu nao sei o que é mais amor de um companheiro entao preferi transferir este amor e gratidao para mim e para minhas filhas pois tentar conversar ja tentei por varias vezes... e nao adiantou nada... me sento ruim de vez em quando sem me sinto mais nao deixo que aparente isso.. Estou tentando me separar a tempos deis da epoca da traição. Mais nao vai de jeito nenhum...

Anónimo disse...

Eu infelizmente sofro tbm de violência psicológica
Por parte da minha mãe
Estou
Ja tentei o suicídio várias